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    sexta-feira, 6 de julho de 2007

    Colectividade é referência no concelho

    Entrevista ao presidente da direcção da Associação Cultural Desportiva e Social de Jou

    A Associação Cultural Desportiva e Social de Jou é uma colectividade que tem vindo a desenvolver actividades, quer ao nível cultural, quer ao nível desportivo, ao longo dos anos em que foi fundada.
    A freguesia de Jou, é a freguesia do concelho com mais actividades realizadas a nível cultural devido à existência desta colectividade.
    Para conhecermos melhor a Associação Cultural Desportiva e Social de Jou, o nosso boletim foi entrevistar o seu presidente, o Sr. António Macedo.

    Jouense (J) - Em primeiro lugar queria agradecer a sua disponibilidade para a realização desta entrevista.
    J - Em que ano foi fundada a Associação Cultural Desportiva e Social de Jou?
    António Macedo (A.M) - A Associação foi fundada a 10 de Março de 1983.
    J - Quem foram as pessoas que estiveram na sua criação.
    A.M - Os fundadores da Associação foram o Gualberto Alves Costa, Maria Gloria Ribeiro, António Augusto Macedo, Domingos Gomes Martins, Maria Isilda Rodrigues, Manuel Teixeira Alves, José Luís Teixeira, Manuel Maria, Mário Nuno Teixeira, António César Montinho, Alberto Augusto Rodrigues, Maria Manuela Freitas de Oliveira e Carlos Alberto Teixeira.
    J - Há quanto tempo é presidente da Direcção da Associação Cultural.
    A.M - Sou presidente da Direcção acerca de 3 ou 4 mandatos.
    J - Qual é o número actual de Associados?
    A.M - Neste momento a Associação conta com 585 sócios, embora alguns já tenham falecido, no entanto, esse registo nunca se apaga, ou seja, não se faz a substituição desse número de sócio por outro sócio que acaba de se associar.
    J - Todos os associados têm as suas cotas em dia?
    A.M - Nem todos os associados tem as sua cotas em dia, alguns lá vão pagando. Temos sócios que por algum motivo se encontram ausentes. Só cerca de um terço é que paga as cotas.
    J - Como o próprio nome indica esta associação é uma Associação Cultural Desportiva e Social. O que tem feito ao longo dos anos em relação à Cultura e ao Desporto?A.M - Em relação ao desporto e ao longo da vida associativa já participou em provas de atletismo, ralis, torneios de futebol. Relativamente à cultura, tem feito peças de teatro, cursos de bordados, exposições de artesanato, folclore, cantar dos reis, comemoração de festas de tradição popular como o Natal, Carnaval e o S. Martinho.
    J - Para a realização dessas actividades tem tido algum apoio?
    A.M - Inicialmente, vários organismos como o Instituto Português da Juventude, o Instituto Português do Desporto e a INATEL davam-nos apoio monetário, até cerca da década de 80, meados dos anos noventa, apoio este que nos dava imenso jeito. A Câmara Municipal é que tem sido desde sempre quem tem dado maior suporte nas actividades que se realizam, com apoio logístico e financeiro. A Junta de Freguesia tem colaborado connosco com a cedência das suas instalações para os ensaios e reuniões, pontualmente já nos apoiou numa ou outra acção, mas não com tanta frequência como a Câmara Municipal.
    J - A população desta freguesia colabora na realização destas actividades?
    “Só um terço dos associados
    tem as cotas em dia”


    A.M - Na assistência das actividades realizadas a população colabora, estando presente em bom número e temos como exemplo a Semana Cultural. No entanto, no que se refere a ajudas na realização dessas mesmas actividades o cenário já é diferente, há poucas pessoas que colaboram.
    J - Ouve-se o comentário da parte de algumas pessoas que esta Associação é pouco dinâmica. Concorda com este comentário?
    A.M - Tenho que admitir que a Associação seja um pouco parada, isto deve-se ao facto seus corpos dirigentes terem a sua vida particular e não poderem deixar de fazer as suas coisas para se dedicarem inteiramente a esta colectividade. Tudo o que se vai realizando são esses mesmos corpos dirigentes que o fazem, pois nós não temos ninguém a tempo inteiro para trabalhar nestas coisas.
    J - A Associação vai continuar a realizar actividades ao nível da cultural e desporto?
    A.M - Sim, temos essa ambição, até porque se isso não viesse a acontecer, não faria sentido a sua existência.
    J - A Associação não tem sede própria, mas tem um projecto para a sua construção. Há quanto tempo foi elaborado esse projecto?
    A.M - Já tivemos vários projectos. O primeiro projecto foi da autoria da câmara por volta dos meados dos anos 80, mas o espaço em área era pequeno e acabou por se abandonar. Depois foi-se amealhando algum dinheiro e comprou-se um terreno maior e fez-se o projecto de arquitectura. Nos anos 94, 95 fez-se a candidatura, que depois de passar por várias fases de análise, foi instruído o processo e teve uma avaliação positiva por parte da CCDR do Norte, no entanto o estado fez um corte orçamental muito grande, o que inviabilizou a construção do mesmo. No entanto, ultimamente tivemos a noticia que através de outro programa, na medida 1.6, há toda a possibilidade do financiamento do projecto ser aprovado.
    J - Ouve dificuldades houve na aprovação do projecto?
    A.M - Sim, houve muita dificuldade. De tempos a tempos o projecto teve que sofrer modificações que demoraram muito, e isso atrasou-nos bastante e, quando o projecto foi para apreciação do gabinete do Sr. Secretário do Estado, este atribuiu um apoio financeiro tão baixo que não permitia a construção da sede.
    J - Tendo já o terreno e o projecto aprovado o que falta para que a construção da sede passe a ser uma realidade?
    A.M - Já temos tudo, falta apenas que a candidatura seja aprovada no seu financiamento, de resto está tudo feito.
    J - O poder politico local tem ajudado a resolver o problema do financiamento por parte do governo para a sede?
    A.M - Ultimamente sim, a Câmara tem-se empenhado a fundo, por isso é que as coisas têm avançado mais rapidamente e acreditamos que dentro de pouco tempo haja mais novidades.
    Após ter terminado esta entrevista ficamos a saber que a Associação tem vindo, ao longo dos anos, a sentir algumas dificuldades, quer ao nível humano, na colaboração nas actividades culturais, quer ao nível financeiro na construção da sede, o que impossibilita que seja uma Associação mais activa.
    Apesar de tudo o Jouense tem que felicitar todos aqueles que colaboram com a Associação pelo esforço e trabalho realizado em prol do desenvolvimento cultural desta freguesia.


    Cristina Serôdio
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