“Onde fica Jou!? Pergunta recorrente que cada um coloca a si próprio e, me vão colocando quando por lá ando a aprender com todos”.
A pertença reconfigurada, e a Pergunta Maior.
Num contexto mais alargado podemos constatar que pertencíamos a uma altitude de aproximadamente de 750 metros e passamos a pertencer a uma altitude de 487 metros, descemos nesta pertença, cerca de 260 metros: agora imaginem um pau ensebado, junto ao pelourinho de Murça, com 260 metros e o bacalhau lá na ponta, estaria em Carrazedo Montenegro, era só chegar lá com régua e nível e verificar que a água não corria.
Pode não parecer, quando não se pensa sobre o assunto, mas Carrazedo está mais baixo que o alto da Madorra e mais baixo ainda que o seu delta que tem a mesma altura que o de Santa Isabel.
Murça está a cerca de 23 metros abaixo de Mascanho, a nossa pertença de edificado mais baixa, e a 93 metros abaixo do ponto mais baixo de proximidade junção das linhas de água de Jou e Toubres.
Entre o ponto mais alto de Jou e Carrazedo de Montenegro só havia, e só há, uma diferença aproximada de 30 metros, sendo Jou ponte, entre o mais quente e o mais frio, isto é único:
Nós somos “sub-montanha”, e o que marcou a pertença administrativa, durante séculos, foi, pela certa, a natureza do relevo. A sua configuração facilitava os deslocamentos das pessoas, animais e carros - de tração animal que outros ainda não eram vistos. Era, e é possível, ir de Jou a Carrazedo sem ter que atravessar ou contornar uma única linha de água, um ribeiro, e até mesmo ir mais além a Chaves, como já se tinha afirmado, sem que surja, pela frente, obstáculo natural de monta.
Comparativamente a diferença para Murça, do ponto mais baixo de proximidade, era e é, de 93 metros, ou seja, havia uma diferença, e há, a favor de Carrazedo de 63 metros: isto do ponto mais baixo de proximidade, porque se for do ponto mais alto do edificado, de Jou, a diferença é aproximadamente de 200 metros.
Para ir a Murça, do edificado central da freguesia, sem passar nenhuma linha de água, ribeiro, é necessário que todos os bairros subam e depois façam um arco imenso que vai passar rente ao Castelo. O caminho dos carretos de que vos hei-de falar.
Do lado norte, do centro da freguesia, o relevo constrói uma portela “aberta”, na ponta norte do Alto da Cheira, apertada pela ribeira de Curros e pelo início do regato do Seganho, local onde os de Curros atalham, se apeiam, e vão amarrados à ribeira com o mesmo nome. A Sul temos um obstáculo linear formado pela linha desenhada pela ribeira de Toubres e de Joanes.
O Oeste e o Este, por agora, estão dispensados, não caiem no aspeto da reconfiguração da pertença, imposta, que se realizou à pouco mais de um século (26 de Setembro de 1895).
A PERGUNTA MAIOR!
A GRANDE pergunta: JOU ONDE É? OU a pergunta MAIOR: ONDE FICA JOU!?
Falar em terras de Jou fará mais sentido? Talvez Sim! Ou, Talvez Não!
Iremos explicitar:
Para quem passa Jou é estrada: duas placas, uma que diz início de Jou, e, outra fim de Jou. Mas, isso é pertença do código de estrada e nada mais, portanto um logro!
Todos somos enganados! Pela imprecisão da informação ou seja, pelo seu vazio de conteúdo que pretensamente é suposto elas representarem.
Estas placas são, neste ponto de vista, inócuas e não podem ser símbolo identificador, porque a sê-lo, faria mais sentido que estivessem implantadas no local onde a estrada corta a linha de fronteira da Freguesia e, aí, também seriam destituídas de sentido, ou então, e ainda, em vez de estarem fixas tinham que estar suspensas em balões que flutuassem nesses limites.
Estarão as placas mal colocadas ou terão letras a menos?
Por outro lado, nem sempre houve estrada!
Então, nessa altura não havia Jou?
- Claro que havia! Qualquer um pode responder de imediato.
Logo, onde Jou está menos é na estrada!
“ … do lade de lá da ponte ao direito do lameiro, que eu trazia, fazia um lombo não habia o catrapila era uma subida bastante da ponte ó pra lá tinha ali um lombo de fraga,…” (JF)
Mas, e há sempre um mas, e se o traçado da estrada não fosse por onde é?
Pois, segundo a memória, de quem viveu tais tempos, me vem narrando, o traçado inicial seria outro. E, se assim fosse, faria sentido a estrada ter a placa de JOU?
Aqui tenho algumas dúvidas!
Dinis Serôdio Lopes Costa
(mo-cont. IV)
Notas:
Lade -Lado
habia – Os Bb e Vv são usados indiferentemente
Catrapila – Caterpillar
Onde fica Jou?? no coração dos que nela nasceram
ResponderEliminar