Cada fraga cada pinheiro cada balcão de xisto tudo estava de novo no lugar exacto da tua memória. na capela a mesma virgem aflita o mesmo cristo maneta o mesmo milagre detido no esmalte partido de um olho. à mesma hora o mesmo sol as mesmas sombras o leilão e o sermão as mesmas faíscas de sílex a mesma missa cantada e o mesmo aroma a esteva a giestas a caruma e a terra queimada.
estava exacta a tua memória e nítida como a tua ausência.
não te procurava seguia os fios da precisão clara do teu rosto. pinheiros pedregulhos e refrões de velhas canções cada andor cada mordomo no seu posto tudo eram indícios e sinais.
até que ficaram sós o teu nome e a minha voz fábula de um sésamo que não se abriria mais
Fernão de Magalhães Gonçalves.
ResponderEliminarSÉSAMO
Cada fraga cada pinheiro cada balcão de xisto
tudo estava de novo no lugar exacto da
tua memória. na
capela a mesma virgem aflita
o mesmo cristo maneta o
mesmo milagre detido
no esmalte partido
de um olho. à mesma hora o mesmo sol as
mesmas sombras o leilão e
o sermão
as mesmas faíscas de sílex a mesma missa cantada
e o mesmo aroma a
esteva a giestas a caruma e a
terra queimada.
estava exacta a tua memória e
nítida como a tua ausência.
não te procurava seguia os
fios da precisão clara do teu rosto.
pinheiros pedregulhos e refrões de
velhas canções
cada andor cada mordomo no seu posto
tudo eram indícios e sinais.
até que ficaram sós
o teu nome e a minha voz fábula de um sésamo
que não se abriria mais