As Terras de Jou, por Decreto, voltaram-se para Sul em 1895
O correio, o carteiro como fio de Ariane
Jou teve durante muitos e muitos anos relações de quantidade para norte e uma réstia, de qualidade, para Sul, essas relações estavam plasmada na organização administrativa e esta tinha sido firmada pelo relevo. Vencido o sacalão da madorra, fronteira de segurança a norte, todo o relevo era de somenos.
Era, e ainda é, possível ir de Jou a Chaves sem passar ribeira de monta. As gentes de Jou deslocavam-se, recorrentemente em em grupo, à feira dos Santos e, também não pode ser esquecido que foi de lá que vieram as primeiras telhas em carros de bois.
Mais tarde, quando chegou o comboio, os rapazes iam e vinham, em passo apressado para fugir aos receios da noite, à tropa pelas serranias da Padrela até Vila Pouca de Aguiar (Aguiar da Pena com seu castelo em fronteira – inquirições 1220). Mais tarde, durante algumas décadas, foi por Carrazedo que se ia de camioneta da carreira pela estrada do Minho até Guimarães, Braga e Porto, porque o Marão era um obstáculo natural de respeito.
Da montanha e para a montanha ia e vinha quase tudo, do Sul vinha o óleo de oliva - azeite, em odres e vinho em pipas puxadas em carretos de bois (memórias e modos de vida de narração futura).
Com o decorrer do tempo, a custo, corta-se administrativamente o cordão umbilical a Norte (1895) e, firma-se a sul: passa-se a pertença do Concelho da Foice para o concelho da porca. Deste passa a chegar, a Jou, o correio: ligação ao distante, ao desconhecido, aos nossos que estão longe, alguns sem retorno.
Vai ser pela voz dos carteiros, como fio de Ariane, que vou contar o que ouvi às vozes do passado que foram presentes:
Doze bairros semeados,
(onze encostas soalheiras)
Por nossos antepassados.
És ponte entre o quente e o frio,
Tens culturas do Inverno e culturas do estio.
O correio, o carteiro como fio de Ariane
Jou teve durante muitos e muitos anos relações de quantidade para norte e uma réstia, de qualidade, para Sul, essas relações estavam plasmada na organização administrativa e esta tinha sido firmada pelo relevo. Vencido o sacalão da madorra, fronteira de segurança a norte, todo o relevo era de somenos.
Era, e ainda é, possível ir de Jou a Chaves sem passar ribeira de monta. As gentes de Jou deslocavam-se, recorrentemente em em grupo, à feira dos Santos e, também não pode ser esquecido que foi de lá que vieram as primeiras telhas em carros de bois.
Mais tarde, quando chegou o comboio, os rapazes iam e vinham, em passo apressado para fugir aos receios da noite, à tropa pelas serranias da Padrela até Vila Pouca de Aguiar (Aguiar da Pena com seu castelo em fronteira – inquirições 1220). Mais tarde, durante algumas décadas, foi por Carrazedo que se ia de camioneta da carreira pela estrada do Minho até Guimarães, Braga e Porto, porque o Marão era um obstáculo natural de respeito.
Da montanha e para a montanha ia e vinha quase tudo, do Sul vinha o óleo de oliva - azeite, em odres e vinho em pipas puxadas em carretos de bois (memórias e modos de vida de narração futura).
Com o decorrer do tempo, a custo, corta-se administrativamente o cordão umbilical a Norte (1895) e, firma-se a sul: passa-se a pertença do Concelho da Foice para o concelho da porca. Deste passa a chegar, a Jou, o correio: ligação ao distante, ao desconhecido, aos nossos que estão longe, alguns sem retorno.
Vai ser pela voz dos carteiros, como fio de Ariane, que vou contar o que ouvi às vozes do passado que foram presentes:
Doze bairros semeados,
(onze encostas soalheiras)
Por nossos antepassados.
És ponte entre o quente e o frio,
Tens culturas do Inverno e culturas do estio.
Dinis Serôdio Lopes Costa
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